Emmi Pikler: a mulher que dá nome à metodologia

Se você está aqui, é porque é um pai ou mãe preocupado com o crescimento e desenvolvimento de seus pequenos. Nesse caso, você certamente já ouviu falar sobre a abordagem Pikler, mas o que você sabe sobre Emmi Pikler?

Muito se fala da metodologia, mas é importante saber quem é essa mulher que dá nome ao método e como o trabalho dela influencia na sua vida e de seus filhos.

A pediatra húngara lançou essa abordagem histórica que mostra que as crianças, de zero a três anos, são capazes de aprender a engatinhar e a andar sozinhas. Isso de acordo com o princípio de respeito à autonomia e ao tempo de desenvolvimento de cada bebê.

Por isso, a Casatema preparou um conteúdo para você ficar por dentro de quem foi essa mulher que revolucionou as nossas e a sua experiência com os filhos. Vamos lá!

A história de vida de Emmi Pikler

Nascida em 1902, em Viena, Emilie Madeleine Reich é conhecida por seu trabalho como pediatra e suas teorias de aprendizagem e desenvolvimento infantil. Mas que tal saber como ela chegou lá?

Filha de uma professora e de um artesão, aos 6 anos mudou-se com a família para Budapeste, onde cresceu apenas com o pai depois de 1914, quando a mãe faleceu.

O sobrenome mais conhecido da médica veio do casamento com um matemático e professor. Juntos, quando tiveram o primeiro filho, permitiram que a criança se desenvolvesse com liberdade e respeitaram seu tempo – princípios da abordagem Pikler.

Entre 1936 e 1945 – no contexto da Segunda Guerra Mundial – o marido da pediatra foi preso por ser judeu. Nessa época, Emmi era médica de família, e foram essas pessoas que ajudaram a doutora e sua própria família a sobreviver durante a guerra.

Depois de uma vida dedicada ao trabalho com o desenvolvimento infantil e a criação de um espaço que se tornou referência nesse assunto, Emmi Pikler faleceu em 1984.

A história profissional de Emmi Pikler

A jovem Emmi voltou para sua cidade natal para estudar medicina. Sua formação se deu no Hospital Infantil da Universidade de Viena – o diploma chegou em 1927. Lá ela estudou ainda a cirurgia pediátrica sob a condução de Hans Salzer.

Em 1935, Pikler qualificou-se como pediatra. Desde então, produziu materiais escritos e palestrou sobre o ensino e a aprendizagem de bebês e crianças pequenas. Em 1940, ela fez sua primeira publicação de livro para os pais, que chegou a diversos países e edições.

Com o fim da guerra, depois de ter mais dois filhos, Pikler trabalhou com crianças abandonadas e desnutridas. Em 1946 fundou o orfanato Lóczy (nome da rua onde era localizado), do qual esteve no comando até 1979.

O orfanato Lóczy: um espaço de liberdade e prosperidade

A pediatra buscou construir, no orfanato, um ambiente que levasse conforto e segurança às crianças, para que elas crescessem protegidas das sequelas sociais que rondavam aquele momento da história.

Com o passar do tempo e os trabalhos constantes de Pikler, a instituição foi tornando-se reconhecida ao redor do mundo. Mesmo após se aposentar, a médica não parou de trabalhar em seus estudos científicos ou consultas. O orfanato passou a ser administrado pela filha de Pikler, Anna Tardos, psicóloga infantil.

Como a abordagem Pikler pode fazer parte do dia a dia do seu filho?

Essa abordagem que privilegia a autonomia, a liberdade e o relacionamento entre criança e pais/professores no aprender tem se mostrado bastante eficaz no desenvolvimento das crianças na primeira infância (0 a 3 anos).

É interessante que ela se mescla com outras teorias que seguem essa mesma lógica como a abordagem montessoriana, que também defende a autonomia infantil no processo de desenvolvimento.

Então, que tal pensar em como trazer a metodologia para o cotidiano dos pequenos e o seu também?

Procure escolas com abordagem Pikler, onde seu filho seja estimulado a partir de suas aptidões naturais, e desenvolva as habilidades motoras no tempo dele, sendo respeitado em suas particularidades.

Mas esses estímulos não precisam nem devem ficar só na escola. Afinal, de nada adianta as crianças serem tratadas de uma forma em um ambiente e de outra em casa. Isso pode ir na contramão da eficiência da abordagem.

Por isso, vale a pena investir em móveis e decorações desenvolvidos de acordo com a teoria Pikler, para que a criança possa realizar as atividades sozinha, apenas com seu auxílio, e que a relação pai e filho seja valorizada.

O segredo para isso é que eles tenham um “quarto pikleriano”, ou seja, que siga o que propõe a teoria. Os móveis devem favorecer a motricidade dos bebês e atividades que eles possam realizar de modo independente.

A cama, os brinquedos, as roupinhas… tudo deve estar à altura deles, para que usem seus esforços próprios para as atividades diárias. E a vantagem é você pode optar por peças montessorianas também, pois ambas as metodologias caminham na mesma direção!

Além disso, esses itens tendem a ser verdadeiras joias na decoração. Alguns têm formatos de casinha e dão um charme especial ao ambiente, além de estimularem a criatividade e imaginação do seu pedacinho de amor.

Viu só como o trabalho de Emmi Pikler foi essencial para que a criançada passe por um desenvolvimento mais humano e eficaz? Essa mulher muda muitas vidas até hoje!

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Até o próximo post!

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